domingo, 6 de dezembro de 2009

Convenção do Clima 2009

Agora é a hora!



A 15ª Conferência das Partes (COP-15) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima é considerada o encontro mais importante do mundo desde o final da Segunda Guerra Mundial.
Em dezembro, os líderes mundiais irão se reunir, em Copenhague, para decidir como o mundo vai enfrentar as mudanças climáticas. A escolha deles é simples: o planeta Terra ou o aquecimento global. 

Há 10 pontos para nos ajudar a enfrentar as mudanças climáticas e começar a construir uma economia nova mais limpa:


1-Os governos precisam criar um quadro de obrigações legais com uma emenda ao Protocolo de Quioto e um novo Protocolo de Copenhague, capaz de assegurar a sobrevivência dos países, das culturas e dos ecossistemas, e abrir o caminho para uma economia de baixo carbono.
2-O pico das emissões mundiais deve ser atingido antes de 2017, de forma a manter o aquecimento total bem abaixo do limiar de perigo, que é de 2°C, e chegar, tão logo seja possível, a um nível abaixo de 1,5°C.
3-Os países industrializados devem se comprometer com a redução de suas emissões em 40% até 2020, em relação aos níveis de 1990.

4-Os países em desenvolvimento devem concordar em adotar medidas significativas para que, até 2020, suas emissões fiquem no mínimo 30% mais baixas do que a regra tendencial.
5-As emissões oriundas da destruição das florestas devem ser reduzidas em três quartos (75%) até 2020, levando em consideração os direitos das populações indígenas e das comunidades locais.
6-Deve ser estabelecido um quadro para ações de adaptações imediatas, especialmente para os países e ecossistemas mais vulneráveis. Medidas de seguro e compensação devem estar incluídas.
7-Financiamento público no valor mínimo de US$160 bilhões por ano deve ser fornecido aos países em desenvolvimento para medidas de adaptação e mitigação. Isso deve ser feito por meio de fontes inovadoras de financiamento.
8-Estabelecimento de mecanismos para fortalecer a cooperação tecnológica referente à pesquisa, desenvolvimento e disseminação de tecnologias de baixo carbono, e com resiliência ao clima.

9-Um novo sistema institucional, sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC na sigla em inglês), deve permitir a coordenação, implementação e alocação de recursos, de forma transparente e democrática, bem como incentivar a conformidade a esse sistema.
10-As partes devem concordar com padrões transparentes e comparáveis para os mercados de carbono, as florestas e uso da terra, esforços de mitigação e inventários, bem como formas de limitar as emissões oriundas da aviação e navegação internacionais.










Agenda do feriado 08/12/09

Isabella Taviani, Maria Gadú, Thati e Daniela cantam em Salvador

A primeira edição do projeto 'Boa tarde, boa música' acontece na próxima terça-feira (08) e traz Isabella Taviani, Maria Gadú, Thati e Daniela Tourinho. As duas primeiras, já conhecidas nacionalmente, dividem o palco com as revelações baianas do pop rock. O evento acontece no Bahia Café Hall, a partir das 17h.

O projeto, que acaba de ser lançado na capital baiana, tem o nobre objetivo de incentivar a MPB baiana. A cada dois meses, dois artistas de peso nacional se apresentarão ao lado de artistas locais, estimulando a cena musical regional de estilo semelhante. Os ingressos custam entre R$30 e R$100.


















quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Maquiagem para o verão

Brilho e cores naturais se destacam na maquiagem do verão 2010


Aposte nos tons de marrom, acobreados, dourados e nude
No verão 2010, esteja preparada para iluminar. A pele ganha aspecto natural, leve e transparente, bem característico do verão. "O brilho aparece de forma moderada, acompanhando a ideia de um bronzeado natural, com a pele lustrosa, mas sem transpirar ou estar oleosa", diz Bruno Di Maglio, maquiador do Red Door Salon and Spa.


Olhos de verão
Aposte em tons marrons, cobres ou canelas, com traços delineados com sobre-tons. Os toques de brilho aparecem no make dos olhos, depositados sobre a sombra", 


Boca da estação


O batom com tons de rosa, laranja-coral e vermelho perdem força nesta temporada. De acordo com o maquiador, vale apostar em cores mais quentes, como marrons, dourados e acobreados, vermelhos mais terrosos e o rosa-salmão. "O gloss é favorável para retoques ou para intensificar o brilho dos lábios em momentos mais casuais
 
 
Nude




O naturalismo do nude (tons de bege) é hit nas roupas e também no make da estação quente. A dica é sempre vir acompanhado no iluminador e no blush.


- Para quem ainda não sabe o batom nude é aquele que deixa a boca “apagadinha”, eu acho lindo, mas as vezes é difícil encontrar o batom no tom certo, ou que combine com sua pele, pois o nude pode sim variar, do rosinha até o pêssego. Agora se você quer se jogar nesta moda pegue seu caderno e anote as dicas para fazer ai na sua casa.




1 – Aplique um pouco de corretivo em seus lábios (corretivo que for mais próximo da sua cor de pele)



2 – Espalhe com os dedos ou com a ajuda de um pincel


3 – Aplique uma camada bem fina de pó facial (eu carreguei um pouco, coloque menos)


4 – Aplique algum tom de batom bem clarinho, dando leves batidinhas e depois espalhe (usei um batom cor de boca)


5 – Nesta última foto eu apliquei um pouco de batom rosa (eu gosto da boca nude mais rosadinha)


6 - Caso prefira aplique um pouco (bem pouco) de gloss para dar brilho






Cartela de cores primavera/verão 2009-2010



CORES PARA VOCÊ BRILHAR NO VERÃO



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Têndencias para o verão 2009/2010

Olá

O verão é a estação da alegria, estudos  comprovam que o sol promove a liberação da serotonina, resposável pela  sensação de bem estar.O verão em se tratando de moda, é  marcado por varias têndencias,que reinam nas ruas.E o look estação acaba aparecendo. 
A do verão 2009/2010 está começando a se delinear e, ao que tudo indica, vai ser composto dos seguintes itens:

1. Shortinho jeans (ou bermuda, ou minissaia) – inacreditável, mas lá vem ele de novo. Quantas vezes o jeans não foi a estrela máxima de alguma estação? Pois cá está ele mais uma vez, desta vez para um uso bem urbano e renovado por uma modelagem pequena e curta para a saia e o short, e um pouco mais folgada para a bermuda.

2. Vestidinhos curtos cortados na cintura e saia ligeiramente balonê de algodão liso ou estampado. Use de dia com sapatilha ou sandália baixa.


3. Vestidinhos curtos de tecidos preciosos como rendas, metalizados, sedas, com algum detalhe como decote assimétrico, drapeado, penas ou plumas. Use à noite com sandálias muito altas e pesadas ou escarpim de meia pata e bico achatado. Podem ser coloridos, neutros (como os nude), ou o útil (e chato) pretinho.
4. Vestidinhos bandagem: curtos para o dia ou para a noite em tiras elásticas; o modelo é exigente: pede corpinho tudo-em-cima e saltos altos para acompanhar.



Escolha seu estilo e arrase!



Beijocas!




segunda-feira, 16 de novembro de 2009

....túnel do tempo


ANOS 80 - EM BUSCA DA DÉCADA PERDIDA


Listinha de algumas coisas ótimas e outras nem tanto que são a cara dos 80. Esperamos que os que viveram a "década perdida" e também os que nunca compraram um vinil na vida se divirtam conosco. Boas recordações!!!




LEMBRA?
-Calça baggy e semi-baggy
-Sandália de plástico (Melissinhas em geral)
-Ombreiras (tinha até sutiã de ombreira)
-Manga morcego
-Saia balonê
-Legging
-Batom 24 horas (não saía da boca nem com sabão)
-Scarpin
-Cores ácidas
-Mochilas e carteiras emborrachadas
-Tule no cabelo
-Faixas na testa
-Gola canoa
-Gel "New Wave"
-Polainas
-Walkman Sony amarelo
-Atari
-Pastilhas Supra-Sumo
-Balas Soft
-Cubo Mágico
-Mobilete
-Lolo (atual Milkybar)
-Cabelos assimétricos
-Rock in Rio

-Relógio Champion (aquele que trocava as pulseiras)
-Tênis iate (tinha um da OP quadriculado que era uma febre)
-Tênis All Star (de todas as cores imagináveis)
-Falcon
-Susi
-Genius
-Caloi Ceci e Caloi 10
-kichute
-Acquaplay
-Geleka
-Hello Kitty
-Coleção Moranguinho
-Fofoletes
-Franja repicada
-Luminárias de neon
-"Feliz Ano Velho" (o livro)
-"Blade Runner"
-"Top Gun - Ases Indomáveis"
-"Procura-se Susan -Desesperadamente"
-"E.T."
-"9 1/2 Semanas de Amor"
-"Armação Ilimitada"
-"Miami Vice"
-Chacrinha
-"De Volta Para o Futuro"


QUEM BRILHOU

Banda "new wave" B52

Grupo inglês Duran Duran, ícone pop da década de 80

Atitude dark era a marca do grupo inglês The Cure
-Boy George
-Madonna
-Menudo
-Cindy Lauper
-Michael Jackson
-Lady Di
-Duran Duran
-U2
-Depeche Mode
-New Order
-Pet Shop Boys
-Information Society
-A-Ha
-The Smiths
-Prince
-B52
-Falco
-The Cult
-Billy Idol
-Noel
-Man at Work
-Fred Mercury (no Queen)
-George Michael (no Wham!)
-The Police
-Barão Vermelho (com Cazuza)
-The Cure
-Simple Minds
-Dire Straits
-Lionel Richie
-Bryan Ferry
-Steve Wonder
-Kim Bassinger
-Daryl Hanna
-Nastassja Kinski
-Isabelle Adjani




domingo, 15 de novembro de 2009

Moda através dos tempos



ANOS 20 -A Era do Jazz


A silhueta dos anos 20 era tubular, com os vestidos mais curtos, leves e elegantes, geralmente em seda, deixando braços e costas à mostra, o que facilitava os movimentos frenéticos exigidos pelo Charleston - dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em tons de bege, sugerindo pernas nuas. O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o "cloche", enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, a "la garçonne", como era chamado.

ANOS 30 - Tempos de Crise


A moda dos anos 30 descobriu o esporte, a vida ao ar livre e os banhos de sol. Os mais abastados procuravam lugares à beira-mar para passar períodos de férias. Seguindo as exigências das atividades esportivas, os saiotes de praia diminuíram, as cavas aumentaram e os decotes chegaram até a cintura, assim como alguns modelos de vestidos de noite.A mulher dessa época devia ser magra, bronzeada e esportiva, o modelo de beleza da atriz Greta Garbo. Seu visual sofisticado, com sobrancelhas e pálpebras marcadas com lápis e pó de arroz bem claro, foi também muito imitado pelas mulheres



ANOS 40 - A Moda e a Guerra


O corte era reto e masculino, ainda em estilo militar. As jaquetas e abrigos tinham ombros acolchoados angulosos e cinturões. Os tecidos eram pesados e resistentes, como o "tweed", muito usado na época. As saias eram mais curtas, com pregas finas ou franzidas. As calças compridas se tornaram práticas e os vestidos, que imitavam uma saia com casaco, eram populares.O náilon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meias finas desaparecessem do mercado. Elas foram trocadas pelas meias soquetes ou pelas pernas nuas, muitas vezes com uma pintura falsa na parte de trás, imitando as costuras.Os cabelos das mulheres estavam mais longos que os dos anos 30. Com a dificuldade em encontrar cabeleireiros, os grampos eram usados para prendê-los e formar cachos. Os lenços também foram muitos usados nessa época.A maquilagem era improvisada com elementos caseiros. Alguns fabricantes apenas recarregavam as embalagens de batom, já que o metal estava sendo utilizado na indústria bélica.

ANOS 50 - A Época da Feminilidade



Com o fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza se tornaria um tema de grande importância. O clima era de sofisticação e era tempo de cuidar da aparência. A maquiagem estava na moda e valorizava o olhar, o que levou a uma infinidade de lançamentos de produtos para os olhos, um verdadeiro arsenal composto por sombras, rímel, lápis para os olhos e sobrancelhas, além do indispensável delineador. A maquiagem realçava a intensidade dos lábios e a palidez da pele, que devia ser perfeita.Grandes empresas, como a Revlon, Helena Rubinstein, Elizabeth Arden e Estée Lauder, gastavam muito em publicidade, era a explosão dos cosméticos. Na Europa, surgiram a Biotherm, em 1952 e a Clarins, em 1954, lançando produtos feitos a base de plantas, que se tornaria uma tendência a partir daí.Era também o auge das tintas para cabelos, que passaram a fazer parte da vida de dois milhões de mulheres - antes eram 500 -, e das loções alisadoras e fixadoras.Os penteados podiam ser coques ou rabos-de-cavalo, como os de Brigitte Bardot. Os cabelos também ficaram um pouco mais curtos, com mechas caindo no rosto e as franjas davam um ar de menina.





ANOS 60 - A Época que Mudou o Mundo







Os anos 50 chegaram ao fim com uma geração de jovens, filhos do chamado "baby boom", que vivia no auge da prosperidade financeira, em um clima de euforia consumista gerada nos anos do pós-guerra nos EUA. A nova década que começava já prometia grandes mudanças no comportamento, iniciada com o sucesso do rock and roll e o rebolado frenético de Elvis Presley, seu maior símbolo.A imagem do jovem de blusão de couro, topete e jeans, em motos ou lambretas, mostrava uma rebeldia ingênua sintonizada com ídolos do cinema como James Dean e Marlon Brando. As moças bem comportadas já começavam a abandonar as saias rodadas de Dior e atacavam de calças cigarette, num prenúncio de liberdade.Os anos 60, acima de tudo, viveram uma explosão de juventude em todos os aspectos. Era a vez dos jovens, que influenciados pelas idéias de liberdade "On the Road" [título do livro do beatnik Jack Keurouac, de 1957] da chamada geração beat, começavam a se opor à sociedade de consumo vigente. O movimento, que nos 50 vivia recluso em bares nos EUA, passou a caminhar pelas ruas nos anos 60 e influenciaria novas mudanças de comportamento jovem, como a contracultura e o pacifismo do final da década.Nesse cenário, a transformação da moda iria ser radical. Era o fim da moda única, que passou a ter várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento.Conscientes desse novo mercado consumidor e de sua voracidade, as empresas criaram produtos específicos para os jovens, que, pela primeira vez, tiveram sua própria moda, não mais derivada dos mais velhos. Aliás, a moda era não seguir a moda, o que representava claramente um sinal de liberdade, o grande desejo da juventude da época.Algumas personalidades de características diferentes, como as atrizes Jean Seberg, Natalie Wood, Audrey Hepburn, Anouk Aimée, modelos como Twiggy, Jean Shrimpton, Veruschka ou cantoras como Joan Baez, Marianne Faithfull e Françoise Hardy, acentuavam ainda mais os efeitos de uma nova atitude.Na moda, a grande vedete dos anos 60 foi, sem dúvida, a minissaia. A inglesa Mary Quant divide com o francês André Courrèges sua criação. Entretanto, nas palavras da própria Mary Quant: "A idéia da minissaia não é minha, nem de Courrèges. Foi a rua que a inventou". Não há dúvidas de que passou a existir, a partir de meados da década, uma grande influência da moda das ruas nos trabalhos dos estilistas. Mesmo as idéias inovadoras de Yves Saint Laurent com a criação de japonas e sahariennes [estilo safári], foram atualizações das tendências que já eram usadas nas ruas de Londres ou Paris.O sucesso de Quant abriu caminho para outros jovens estilistas, como Ossie Clark, Jean Muir e Zandra Rhodes. Na América, Bill Blass, Anne Klein e Oscar de la Renta, entre outros, tinham seu próprio estilo, variando do psicodélico [que se inspirava em elementos da art nouveau, do oriente, do Egito antigo ou até mesmo nas viagens que as drogas proporcionavam] ou geométrico e o romântico.Em 1965, na França, André Courrèges operou uma verdadeira revolução na moda, com sua coleção de roupas de linhas retas, minissaias, botas brancas e sua visão de futuro, em suas "moon girls", de roupas espaciais, metálicas e fluorescentes. Enquanto isso, Saint Laurent criou vestidos tubinho inspirados nos quadros neoplasticistas de Mondrian e o italiano Pucci virou mania com suas estampas psicodélicas. Paco Rabanne, em meio às suas experimentações, usou alumínio como matéria-prima.Os tecidos apresentavam muita variedade, tanto nas estampas quanto nas fibras, com a popularização das sintéticas no mercado, além de todas as naturais, sempre muito usadas.As mudanças no vestuário também alcançaram a lingerie, com a generalização do uso da calcinha e da meia-calça, que dava conforto e segurança, tanto para usar a minissaia, quanto para dançar o twist e o rock.O unissex ganhou força com os jeans e as camisas sem gola. Pela primeira vez, a mulher ousava se vestir com roupas tradicionalmente masculinas, como o smoking [lançado para mulheres por Yves Saint Laurent em 1966].A alta-costura cada vez mais perdia terreno e, entre 1966 e 1967, o número de maisons inscritas na Câmara Sindical dos costureiros parisienses caiu de 39 para 17. Consciente dessa realidade, Saint Laurent saiu na frente e inaugurou uma nova estrutura com as butiques de prêt-à-porter de luxo, que se multiplicariam pelo mundo também através das franquias.Com isso, a confecção ganhava cada vez mais terreno e necessitava de criatividade para suprir o desejo por novidades. O importante passaria a ser o estilo e o costureiro passou a ser chamado de estilista.Nessa época, Londres havia se tornado o centro das atenções, a viagem dos sonhos de qualquer jovem, a cidade da moda. Afinal, estavam lá, o grande fenômeno musical de todos os tempos, os Beatles, e as inglesinhas emancipadas, que circulavam pelas lojas excêntricas da Carnaby Street, que mais tarde foram para a famosa King's Road e o bairro de Chelsea, sempre com muita música e atitude jovens.Nesse contexto, a modelo Jean Shrimpton era a personificação das chamadas "chelsea girls". Sua aparência era adolescente, sempre de minissaia, com seus cabelos longos com franja e olhos maquiados. Catherine Deneuve também encarnava o estilo das "chelsea girls", assim como sua irmã, a também atriz Françoise Dorléac. Por outro lado, Brigitte Bardot encarnava o estilo sexy, com cabelos compridos soltos rebeldes ou coque no alto da cabeça [muito imitado pelas mulheres].

Twiggy, o rosto dos 60

Entretanto, os anos 60 sempre serão lembrados pelo estilo da modelo e atriz Twiggy, muito magra, com seus cabelos curtíssimos e cílios inferiores pintados com delineador.A maquiagem era essencial e feita especialmente para o público jovem. O foco estava nos olhos, sempre muito marcados. Os batons eram clarinhos ou mesmo brancos e os produtos preferidos deviam ser práticos e fáceis de usar. Nessa área, Mary Quant inovou ao criar novos modelos de embalagens, com caixas e estojos pretos, que vinham com lápis, pó, batom e pincel. Ela usou nomes divertidos para seus produtos, como o "Come Clean Cleanser", sempre com o logotipo de margarida, sua marca registrada.As perucas também estavam na moda e nunca venderam tanto. Mais baratas e em diversas tonalidades e modelos, elas eram produzidas com uma nova fibra sintética, o kanekalon.O estilo da "swinging London" culminou com a Biba, uma butique independente, frequentada por personalidades da época. Seu ar romântico retrô, aliado ao estilo camponês, florido e ingênuo de Laura Ashley, estavam em sintonia com o início do fenômeno hippie do final dos anos 60.A moda masculina, por sua vez, foi muito influenciada, nos início da década, pelas roupas que os quatro garotos de Liverpool usavam, especialmente os paletós sem colarinho de Pierre Cardin e o cabelo de franjão. Também em Londres, surgiram os mods, de paletó cintado, gravatas largas e botinas. A silhueta era mais ajustada ao corpo e a gola rolê se tornou um clássico do guarda-roupa masculino. Muitos adotaram também a japona do pescador e até mesmo o terno de Mao.No Brasil, a Jovem Guarda fazia sucesso na televisão e ditava moda. Wanderléa de minissaia, Roberto Carlos, de roupas coloridas e como na música, usava botinha sem meia e cabelo na testa [como os Beatles]. A palavra de ordem era "quero que vá tudo pro inferno".Os avanços na medicina, as viagens espaciais, o Concorde que viaja em velocidade superior à do som, são exemplos de uma era de grande desenvolvimento tecnológico que transmitia uma imagem de modernidade. Essa imagem influenciou não só a moda, mas também o design e a arte que passaria a ter um aspecto mais popular e fugaz.

Trabalho de Andy Warhol, símbolo da pop art

Nesse contexto, nenhum movimento artístico causou maior impacto do que a Arte Pop. Artistas como Andy Warhol, Roy Lichetenstein e Robert Indiana usaram irreverência e ironia em seus trabalhos. Warhol usava imagens repetidas de símbolos populares da cultura norte-americana em seus quadros, como as latas de sopa Campbell, Elvis Presley e Marilyn Monroe. A Op Art [abreviatura de optical art, corrente de arte abstrata que explora fenômenos ópticos] também fez parte dessa época e estava presente em estampas de tecidos.No ritmo de todas as mudanças dos anos 60, o cinema europeu ganhava força com a nouvelle vague do cinema francês ["Acossado", de Jean-Luc Godard, se tornaria um clássico do movimento], ao lado do neo-realismo do cinema italiano, que influenciaram o surgimento, no início da década, do cinema novo [que teve Glauber Rocha como um dos seus iniciadores] no Brasil, ao contestar as caras produções da época e destacar a importância do autor, ao contrário dos estúdios de Hollywood. No final dos anos 60, de Londres, o reduto jovem mundial se transferiu para São Francisco (EUA), região portuária que recebia pessoas de todas as partes do mundo e também por isso, berço do movimento hippie, que pregava a paz e o amor, através do poder da flor [flower power], do negro [black power], do gay [gay power] e da liberação da mulher [women's lib]. Manifestações e palavras de ordem mobilizaram jovens em diversas partes do mundo.A esse conjunto de manifestações que surgiram em diversos países deu-se o nome de contracultura. Uma busca por um outro tipo de vida, underground, à margem do sistema oficial. Faziam parte desse novo comportamento, cabelos longos, roupas coloridas, misticismo oriental, música e drogas.No Brasil, o grupo "Os Mutantes", formado por Rita Lee e os irmãos Arnaldo e Sérgio Batista, seguiam o caminho da contracultura e afastavam-se da ostentação do vestuário da jovem guarda, em busca de uma viagem psicodélica.A moda passou a ser as roupas antes reservadas às classes operárias e camponesas, como os jeans americanos, o básico da moda de rua. Nas butiques chiques, a moda étnica estava presente nos casacos afegãos, fulares indianos, túnicas floridas e uma série de acessórios da nova moda, tudo kitsch, retrô e pop.Toda a rebeldia dos anos 60 culminaram em 1968. O movimento estudantil explodiu e tomou conta das ruas em diversas partes do mundo e contestava a sociedade, seus sistemas de ensino e a cultura em diversos aspectos, como a sexualidade, os costumes, a moral e a estética.No Brasil, lutava-se contra a ditadura militar, contra a reforma educacional, o que iria mais tarde resultar no fechamento do Congresso e na decretação do Ato Institucional nº 5. Talvez o que mais tenha caracterizado a juventude dos anos 60 tenha sido o desejo de se rebelar, a busca por liberdade de expressão e liberdade sexual. Nesse sentido, para as mulheres, o surgimento da pílula anticoncepcional, no início da década, foi responsável por um comportamento sexual feminino mais liberal. Porém, elas também queriam igualdade de direitos, de salários, de decisão. Até o sutiã foi queimado em praça pública, num símbolo de libertação.Os 60 chegaram ao fim, coroados com a chegada do homem à Lua, em julho de 1969, e com um grande show de rock, o "Woodstock Music & Art Fair", em agosto do mesmo ano, que reuniu cerca de 500 mil pessoas em três dias de amor, música, sexo e drogas.